"Se Cristo não ressuscitou, ilusória é a vossa fé...".
Palavras melancólicas demais para começar um texto, porém calam bem nos corações nostálgicos e penitentes pré-pascais, apresentam uma condicionante, onde o único termo é o desespero. Se o Domingo da Ressurreição fosse falácia, ou produto de uma mente doentia: seria ilusão o amor de São Paulo: "... Ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos, se eu não tivesse amor seria como o bronze que soa...". Teria amado em vão, pois amou crendo no ressuscitado.
Seria ilusão a esperança de Santo Agostinho: "... E, contudo, se nossos lamentos não chegarem a teus ouvidos, não haverá para nós esperança alguma...". Teria vivido esperando em vão, pois esperava no ressuscitado.
Seria ilusão o ideal de São Francisco: "... Fazei que eu procure mais, consolar que ser consolado...". Teria vivido um ideal em vão, pois tentou seguir o caminho do ressuscitado.
Seria ilusão a humildade de Tomás de Kempis: "... A glória dos bons está na própria consciência e não na bocados homens...". Teria buscado a humildade em vão, pois a buscou espelhando-se no ressuscitado.
Seria ilusão a fé de Lutero: "... Se temos de perder, família, bens, prazer, se tudo se acabar, e a morte em fim chegar, com ele reinaremos...". Teria sido fiel em vão, pois cria num ressuscitado.
Teriam vivido em ilusão David Brainerd, John Bunyan, Thomas Cranmer, Soren Kierkegaard, Teresa D'Ávila, Madre Teresa de Calcutá, D. Helder Câmara, Avelina Maria, minha avó, José Trezena, meu pai, Marias, Josés, Joões. Eles creram e ainda crêem, esperando num ressuscitado.
Há muitos que acordam todos os dias e oram: "... Não nos deixes cair em tentação..." A tentação de acreditar que sem Jesus, podem fazer alguma coisa, podem viver sem a sombra da cruz, podem viver sem a certeza da ressurreição.
A ressurreição nos concede não receber o que merecemos, é misericórdia, e receber o que não merecemos, é graça. Sem ela seria tudo perdido, desesperador, pois, vivemos e morremos, crendo que o sepulcro não reteve Jesus, crendo que um morto ressuscitou na história, não numa brecha ou falha dela, e nos deu sua vida.
Mas ele ressuscitou! O brado do Domingo da Ressurreição é: Ele vive! Por isso a vida não tem sido em vão, a existência tem sentido.
Não à toa a igreja repete todos os dias: "... Anunciamos a sua morte, Proclamamos a sua ressurreição...". Graças à morte na cruz, e graças à ressurreição, temos vida. Não procure entre os mortos aquele que já ressuscitou! Ele vive? Ele vive!
Palavras melancólicas demais para começar um texto, porém calam bem nos corações nostálgicos e penitentes pré-pascais, apresentam uma condicionante, onde o único termo é o desespero. Se o Domingo da Ressurreição fosse falácia, ou produto de uma mente doentia: seria ilusão o amor de São Paulo: "... Ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos, se eu não tivesse amor seria como o bronze que soa...". Teria amado em vão, pois amou crendo no ressuscitado.
Seria ilusão a esperança de Santo Agostinho: "... E, contudo, se nossos lamentos não chegarem a teus ouvidos, não haverá para nós esperança alguma...". Teria vivido esperando em vão, pois esperava no ressuscitado.
Seria ilusão o ideal de São Francisco: "... Fazei que eu procure mais, consolar que ser consolado...". Teria vivido um ideal em vão, pois tentou seguir o caminho do ressuscitado.
Seria ilusão a humildade de Tomás de Kempis: "... A glória dos bons está na própria consciência e não na bocados homens...". Teria buscado a humildade em vão, pois a buscou espelhando-se no ressuscitado.
Seria ilusão a fé de Lutero: "... Se temos de perder, família, bens, prazer, se tudo se acabar, e a morte em fim chegar, com ele reinaremos...". Teria sido fiel em vão, pois cria num ressuscitado.
Teriam vivido em ilusão David Brainerd, John Bunyan, Thomas Cranmer, Soren Kierkegaard, Teresa D'Ávila, Madre Teresa de Calcutá, D. Helder Câmara, Avelina Maria, minha avó, José Trezena, meu pai, Marias, Josés, Joões. Eles creram e ainda crêem, esperando num ressuscitado.
Há muitos que acordam todos os dias e oram: "... Não nos deixes cair em tentação..." A tentação de acreditar que sem Jesus, podem fazer alguma coisa, podem viver sem a sombra da cruz, podem viver sem a certeza da ressurreição.
A ressurreição nos concede não receber o que merecemos, é misericórdia, e receber o que não merecemos, é graça. Sem ela seria tudo perdido, desesperador, pois, vivemos e morremos, crendo que o sepulcro não reteve Jesus, crendo que um morto ressuscitou na história, não numa brecha ou falha dela, e nos deu sua vida.
Mas ele ressuscitou! O brado do Domingo da Ressurreição é: Ele vive! Por isso a vida não tem sido em vão, a existência tem sentido.
Não à toa a igreja repete todos os dias: "... Anunciamos a sua morte, Proclamamos a sua ressurreição...". Graças à morte na cruz, e graças à ressurreição, temos vida. Não procure entre os mortos aquele que já ressuscitou! Ele vive? Ele vive!
Diário de Pernambuco Edição de Sexta-Feira, 18 de Abril de 2003
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