Somente Fracassadas

Em primeiro lugar, SIM, eu desisti de fazer essa merda só para afogar minhas mágoas e sentimentos ruins. A partir de agora esse blog será feliz como o arco-íris. Ou não, né, enfim. E pra começar eu quero fazer um protesto em nome de todas as garotas dondocas que têm um terrível pesadelo psicodélico chamado: Cozinha. Então, se você é uma fracassada miserável de quinta categoria que nem eu quando está cozinhando, leia esse texto e sinta-se uma mestra cuca. Pior do que a titia aqui, não tem.  

Lembro-me perfeitamente do dia em que coloquei na cabeça que iria fazer um bolo. Estava toda feliz, serelepe avisando à minha querida mãezinha dos meus planos para o dia. Mal sabia eu que toda essa alegria escorreria ralo abaixo, ou melhor, forno abaixo. Peguei todos os ingredientes, juntei, misturei, fiz todo o processo necessário para chegar à massa final, o bolo parecia que iria sair impecável. Pus a porcaria na fôrma e levei ao forno. Quando estava tudo pronto e eu chequei as condições do bolo, pondo-o em cima do maldito balcão da cozinha, constatei que deveria virá-lo em um prato qualquer. Doce ilusão. E quem disse que aquela porcaria queria desgrudar da fôrma? Tentei, bati, sofri, pelejei e nada do bolo sair. Angustiada, abaixei a cabeça, me rendi e fiz a coisa mais humilhante que uma adolescente fracassada de 14 anos poderia fazer naquela situação: Chamei minha mãe pra ajudar. Foi tenso, mas ela conseguiu tirar a massa da fôrma. Ou pelo menos parte, né, já que ficou tudo em pedaços no prato.

A segunda vez foi mais idiota ainda. O menos mal foi que não fui idiota sozinha. Eu tinha tudo pra fazer o bolo, mas desta vez minha mãe estava na cozinha comigo, preparando outra comida. Peguei os ingredientes, juntei, e na hora de pôr as medidas, me falhou a memória em relação à quantidade de açúcar a ser posta. Perguntei à minha amada progenitora e a mesma, distraída, respondeu que seriam necessárias três xícaras do produto. Ainda fui me metendo à besta, refazendo a pergunta, mas a resposta continuou a mesma. Daí, já dá pra tirar a merda colossal que saiu, né? O bolo além de oleoso saiu mais doce do que eu-nem-te-conto-o-que. Nossa, se eu fosse diabética naquela época...

E a mais recente aconteceu essa semana. Acho que jamais esquecerei o fatídico dia em que minha progenitora não teve tempo de fazer o arroz e me pediu para fazê-lo. Tal fato fez-me lembrar que no ano anterior eu havia tido a oportunidade de presentear meus amigos com um almoço feito por mim, eu e minha exímia culinária, na casa de uma amiga. Obviamente foi um tremendo de um fracasso, o arroz virou papa. Aí vem minha mãe pedindo encarecidamente para que eu repetisse a operação. Foi triste, a porcaria do arroz virou papa de novo, ficou insosso e estufado. Nunca mais ponho um pé na cozinha, só se for pra lavar prato e olhe lá porque eu ainda enrolo muito.

Então se você leu isso e não achou nada demais... Filha, vá se tratar, você tem problemas!
Beijos.

1 comentários:

Marília S. disse...

Muito bom o texto! Não sou exatamente como sua filha descreveu, mas me identifiquei na parte de "lavar prato", hahaha.
Muito bom o blog, passa no meu? *-*
Bjs

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