Henry Wadsworth Longfellow
(Ballads and Other Poems, 1842)
The shades of night were falling fast,
As through an Alpine village passed
A youth, who bore, ‘mid snow and ice,
A banner with the strange device,
Excelsior!
His brow was sad; his eye beneath,
Flashed like a falchion from its sheath,
And like a silver clarion rung
The accents of that unknown tongue,
Excelsior!
In happy homes he saw the light
Of household fires gleam warm and bright;
Above, the spectral glaciers shone,
And from his lips escaped a groan,
Excelsior!
“Try not the Pass!” the old man said;
“Dark lowers the tempest overhead,
The roaring torrent is deep and wide!
And loud that clarion voice replied,
Excelsior!
“Oh stay,” the maiden said, “and rest
Thy weary head upon this breast!”
A tear stood in his bright blue eye,
But still he answered, with a sigh,
Excelsior!
“Beware the pine-tree’s withered branch!
Beware the awful avalanche!”
This was the peasant’s last Good-night,
A voice replied, far up the height,
Excelsior!
At break of day, as heavenward
The pious monks of Saint Bernard
Uttered the oft-repeated prayer,
A voice cried through the startled air,
Excelsior!
A traveler, by the faithful hound,
Half-buried in the snow was found,
Still grasping in his hand of ice
That banner with the strange device,
Excelsior!
There in the twilight cold and gray,
Lifeless, but beautiful, he lay,
And from the sky, serene and far,
A voice fell, like a falling star,
Excelsior!
A aldeia alpina aos poucos atravessa
Um jovem, que ergue, em meio à neve em sanha,
Uma bandeira com a divisa estranha:
Excelsior!
Sua cor é triste, mas, sua vista alçada
Lembra uma espada desembainhada,
E a sua voz, qual clarim de prata erguida,
Lança os sons de uma língua nunca ouvida:
Excelsior!
Casas felizes ele vê brilhando
Ao fogo quente, familiar e brando;
Mais ao alto espectral geleira ao vento,
E de seus lábios escapa um lamento:
Excelsior!
“Não tentes a Passagem”, diz-lhe um velho,
“Já ergue a tormenta o seu manto vermelho,
Rugem as águas sem olhar que as sonde!”
E a alta voz de clarim só lhe responde:
Excelsior!
“Oh!, fica”, diz-lhe a virgem, “e em meu seio
Deita a fronte cansada sem receio!”
Nubla-lhe um pranto o olhar azul erguido,
Mas, ele ainda responde, com um gemido:
Excelsior!
“Teme os galhos na treva borrascosa!
Teme a uivante avalanche pavorosa!”
É o último boa-noite de quem fica,
E uma voz, longe, no alto, lhes replica:
Excelsior!
Nascido o Sol, no divino resguardo
Dos santos ermitões de São Bernardo,
Quando o salmo de sempre é repetido,
Uma voz grita no ar estremecido:
Excelsior!
Na neve, um viajor semi-enterrado,
Pela matilha fiel é encontrado,
Tendo em sua mão de gelo branca e lisa
A bandeira, com a estranha divisa:
Excelsior!
Lá, onde a noite fria e cinza pousa,
Sem vida, mas, tão belo ele repousa,
E do céu, sereníssima e clemente,
Desce uma voz, como estrela cadente:
Excelsior!
[Tradução para o português de Alexei Bueno]
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