A logística reversa se propõe a reverter a dispersão entrópica de resíduos sólidos por todo o globo terrestre. As inquirições que as várias vertentes motivadoras impõem, se traduzem numa pergunta norteadora: pode a logística reversa desfazer esta dispersão e como pode fazer isso? Foi empreendida uma pesquisa exploratória e descritiva na literatura técnica de livros e artigos científicos da base de dados da Scielo e do Google Acadêmico sobre logística reversa publicados após a regulamentação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) em 02 de agosto de 2010, em busca de respostas para as questões impostas. A logística reversa se apresenta como o instrumento da PNRS com capacidade de reverter esta desordem, reorganizando o sistema. A desordem de um sistema é matéria da Física, especificamente da 2ª Lei da Termodinâmica, a Lei da Entropia, que afirma que a desordem de um sistema isolado tende ao infinito e que esta desordem é irreversível, visto que espontaneamente a desordem não poderá ser desfeita, num sistema aberto a desordem pode ser desfeita, porém com repercussão para o mesmo sistema ou sistema maior no qual esteja contido. Constatou-se que os sistemas de logística reversa que são requeridos pela PNRS podem minimizar a entropia, por meio dos planos de coleta, acondicionamento, armazenamento e beneficiamento, contatou-se também que desfazer a entropia por meio da logística reversa requer cuidados especiais, para que a diminuição num elo da cadeia não redunde no aumento da mesma em outro elo, com perdas para todo o sistema.
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