O filho mais novo de um abastado fazendeiro, de larga fama e dono de terras que só conseguia percorrer ao trote largo de um cavalo durante três dias, resolveu fugir do controle paterno, decidiu que o melhor que podia fazer era viver longe dos conselhos dos pais, estava cansado da vida “pacata” que a vida familiar lhe impunha e foi viver dissolutamente em outros lugares, como centenas de anos fizera anteriormente o outro filho da parábola de Jesus. Após consumir tudo o que tinha levado, sem amigos, estes o deixaram tão logo acabou o dinheiro, sem comida, faminto e doente, resolve voltar para casa, mas certo de que não merecia perdão, escreve ao pai uma pequena carta na qual dizia que tomaria o trem para um destino bem distante, porém, o mesmo passaria defronte à fazenda paterna ao meio-dia, caso este o perdoasse e ainda o quisesse em casa, estendesse na árvore na frente da casa grande um cobertor branco, se visse o cobertor, ele desceria na estação mais próxima e voltaria para casa, caso não visse o cobertor saberia que não deveria descer e então passaria direto para outros destinos, ressaltava ainda que os pais não tinham nenhuma obrigação de recebê-lo em casa, visto que os envergonhara muito.
Ao se aproximar da região na qual estava localizada a casa grande da fazenda, aquele rapaz, com o coração apertado, pegou sua mochila surrada, com seus poucos andrajos, levantou-se sem esperança alguma, pensou consigo mesmo que o pai poderia nem ter lido a carta, poderia até já ter morrido, ou, quem sabe, a carta poderia ter sido extraviada, ou entregue num destino errado, estava preparando o espírito para qualquer coisa que o pai quisesse fazer, inclusive tratá-lo como apenas um empregado, o menor dos subalternos.
Ao se aproximar da região na qual estava localizada a casa grande da fazenda, aquele rapaz, com o coração apertado, pegou sua mochila surrada, com seus poucos andrajos, levantou-se sem esperança alguma, pensou consigo mesmo que o pai poderia nem ter lido a carta, poderia até já ter morrido, ou, quem sabe, a carta poderia ter sido extraviada, ou entregue num destino errado, estava preparando o espírito para qualquer coisa que o pai quisesse fazer, inclusive tratá-lo como apenas um empregado, o menor dos subalternos.
Ele podia esperar qualquer coisa menos aquilo de fato viu: Não apenas na árvore defronte da casa tinha cobertor, mas em cada árvore da fazenda, seja grande ou pequena, cada uma tinha um cobertor branco, como que dizendo-lhe: - Você é bem-vindo! Ele não conseguiu contar quantas árvores estavam marcadas, as lágrimas não deixaram, na estação da cidade, na qual havia tomado um trem indo embora, uma comitiva de empregados e parentes já o esperava para uma festa, era o filho do patrão que estava de volta, o herdeiro tinha chegado e isso era o que interessava, nada mais.
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