Hoje, como tantos bilhões de pessoas ao redor do mundo, eu estou confinado em casa. Distante de família (esposa, filha, mãe, irmãos, cunhados, sobrinhos e sobrinhos-netos) que está em Recife, Pernambuco, eu estou em Uberaba, no Triângulo Mineiro, cercado de livros e de pacotes de café.
Esse é um diário de um sobrevivente. Sou do grupo de risco de vulnerabilidade ao Coronavirus disease (COVID-19), tenho mais de 50 anos e sofro de crises de asma.
Acredito plenamente que o mundo nunca mais será o mesmo, depois que essa pandemia passar. Então, resolvi voltar a colocar as minhas impressões no blog, que há muito tempo não fazia.
Esse mundo de egoísmo e individualismo será questionado num momento futuro, espero que esse momento seja breve e que essas discussões conduzam a humanidade a um patamar de maturidade, empatia, tolerância e respeito, sobretudo de compaixão com os desfavorecidos e necessitados.
Não é possível que a humanidade remanescente, mesmo que o número de mortos não alcance 100.000, não aprenda nada com essa pandemia. O que temos visto é individualismo, egoísmo, xenofobia, racismo, ignorância e intolerância. Inclusive vindo de pessoas que a mídia e as redes sociais dão voz e visibilidade (principalmente do deputado Eduardo Bolsonaro, pródigo em asneiras e falastrão como o pai).
Vamos ter muito o que conversar, então, puxa uma cadeira, pega uma xícara de cafe, estou apenas começando.
Se quiser e puder, vamos conversar, trocar impressões e aproveitar esse momento para buscar novas formas de viver a vida.
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