"Sing Antoninus! Sing!"


Quando o sol ardente
Se põe no horizonte oeste,
Quando o vento das montanhas
Se acalma,
Quando o canto
Do sabiá-do-campo cessa,
Quando os gafanhotos do campo
Não crepitam,
Quando a espuma do mar
Descansa como uma donzela,
E o crepúsculo toca
O contorno da terra suspensa,
Volto para casa.
Por sombras azuis
E florestas púrpuras,
Volto para casa.
Volto ao lugar onde nasci.
À mãe que me deu à luz
E ao pai que me ensinou,
Há muito, muito tempo,
Muito tempo.
Agora, só. Perdido e sozinho
Num mundo distante e vasto.
Ainda assim,
Quando o sol ardente baixa,
Quando o vento se acalma
E a espuma do mar dorme,
E o crepúsculo toca
O contorno da terra,
Volto para casa.

Antoninus

[Na minha percepção o momento em que Antoninus (Tony Curtis) recita esta poesia em Spartacus (1960) é o auge da película, devo ter visto esta sequência umas 50 vezes e não me canso.]

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